Não existe a expressão "abrir os ouvidos", porque achamos que os nossos ouvidos já estão automaticamente abertos para o mundo. Eu já discuto um pouco isso, porque considero nossos ouvidos muito viciados e mal utilizados. Justamente por estarem abertos o tempo inteiro, eles não conseguem filtrar, nem distinguir muito bem os sons. Para que isso aconteça, eles precisam estar conscientemente abertos e isso já é um trabalho mental e perceptivo. E algo que pode sim ser exercitado, praticado e aprimorado.
Este curso é como um grande cotonete, que vai ajudá-los a limpar os ouvidos, deixá-los sem tanta cera acumulada. E nesse caso, a cera é o comodismo auditivo. Um comodismo que junta todo o material sonoro em uma mesma matéria indistinguível. Sons cotidianos, sons ambiente, música, ruídos, vozes... Estes elementos que são recebidos de forma quase automática e que nos situam nos espaços, preenchendo-os com suas particularidades, podem sim ser melhor explorados.
A partir do momento em que pensamos no som dentro de uma produção audiovisual e publicitária, podemos pensá-lo como um poderoso elemento, uma ferramenta indispensável, que pode ser refletida e trabalhada a partir de estratégias e objetivos específicos.
Bem... postagem de blog não pode ser muito longa, senão não é postagem. ;-) Essa reflexão continua... e continua... e continua...
Fernanda Gomes
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